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13
Jul

SBD ENVIA CONTRIBUIçõES PARA ELABORAçãO DO PRIMEIRO PCDT DE HANSENíASE DO MINISTéRIO DA SAúDE




A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) enviou, no dia 13 de julho, suas contribuições para compor o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) de hanseníase. A elaboração do documento dentro da entidade foi coordenada por Sandra Durães, responsável pelo Departamento de Hanseníase da SBD. O conjunto de proposta será agora analisado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) do Ministério da Saúde.

No campo do diagnóstico, as contribuições da SBD sugerem, dentre outros pontos, buscar evidências científicas para a melhor acurácia dos testes de sensibilidade; e inserir os testes de histamina e de diagnóstico molecular; bem como a sorologia nas referências.

Já em relação ao tratamento foram sugeridas a busca de evidências científicas para definir o esquema terapêutico padrão e o tempo de tratamento, inclusive do U-MDT; e a inserção de drogas poupadoras de corticoides no manejo das reações hansênicas.

Pioneirismo – Segundo Sandra Durães, esse será o primeiro PCDT para hanseníase no Brasil ancorado em evidências científicas após revisão sistemática da literatura, com o objetivo de oferecer apoio a médicos, gestores de saúde e outros profissionais na tomada de decisões relacionadas ao tema.

Para o presidente da SBD, Sérgio Palma, "na avaliação da entidade, a formulação de uma proposta deste tipo será útil, sobretudo, em casos que gerem incerteza nos campos da eficácia, segurança, custo-efetividade e aplicabilidade do tratamento. Assim, para os dermatologistas, com essa padronização, a rede integrante do Sistema Único de Saúde (SUS) se tornaria ainda mais eficiente e capaz de oferecer maior qualidade no cuidado integral às pessoas com hanseníase".

Sob esse aspecto, a médica dermatologista Sandra Durães explica que “mediante as constatações de que recomendações do Ministério da Saúde nem sempre estão sendo seguidas e que esquemas terapêuticos não recomendados estão sendo utilizados, sob o risco de gerarem tratamento insuficiente e/ou produção de resistência medicamentosa, a produção deste PCDT se torna importante para fundamentar cientificamente as opções terapêuticas”.

Colaboração – Ela destaca que a colaboração nas ações de controle da hanseníase é uma prioridade para a SBD, o que se reflete na inclusão da doença nos temas de educação continuada nos Anais Brasileiros de Dermatologia e na programação de diferentes eventos. Também surge na oferta de atividades de capacitação para diagnóstico e prevenção de hanseníase em todo país, assim como no engajamento ativo em campanhas sobre o tema.

Conforme explicou a coordenadora do Departamento de hanseníase, “a pele é o maior órgão do corpo humano e nela estão expressos vários tipos de doenças, tais como câncer, doenças infecciosas, doenças metabólicas, manifestações de doenças sistêmicas. Com isso, os dermatologistas sempre estiveram ligados ao diagnóstico e tratamento das infecções que têm importância para a saúde pública, dando importantes contribuições tanto no campo da assistência aos pacientes quanto na produção científica em relação a esses agravos”.

Diante desse histórico de contribuições da SBD na luta contra a hanseníase, o tesoureiro da entidade, Egon Daxbacher, destaca ainda que nas duas últimas gestões, em especial na que cobre o período 2019-2020 “houve a ampliação da participação institucional junto ao Ministério da Saúde, com relação a esse e outros temas”. Segundo disse, isso aconteceu ao se oferecer auxílio na construção de protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas e também na produção e divulgação de materiais informativos em projetos e campanhas voltadas ao combate às doenças de pele. (Fonte: SBD 13/07/20)


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