SBD-GO
NOTÍCIA
23
Jun
Dermatologistas mostraram os usos
do dermatoscópio e como ele auxilia nos cuidados com a pele
As cirurgias dermatológicas e a importância da
dermatoscopia no diagnóstico foram debatidos na live realizada pela Sociedade
Brasileira de Dermatologia - Regional Goiás (SBD-GO), na quarta-feira (23),
pelo perfil no Instagram da entidade (@sbdgo).
Os especialistas convidados para conversar sobre o
assunto foram os médicos dermatologistas Ludmilla Paiva Queiroz (CRM/GO 9.396 -
RQE 6.241 - @draludmillapaivaqueiroz) e Luiz Fernando Fleury (CRM/GO 8634
- RQE 4783 - @luizfernandofleury).
Ludmilla, que é membro da Sociedade Brasileira de
Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD),
esclareceu que o dermatoscópio é um aparelho que age como um microscópio de superfície,
ou seja, ele aumenta a visibilidade das pintas e outras lesões da pele.
O equipamento costuma ser utilizado como um
diagnóstico inicial de câncer de pele. “Ele nos mostra lesões que, a olho nu,
parecem inofensivas. O contrário também pode acontecer: o paciente chega
assustado com alguma pinta e quando olhamos, é algo benigno”, contou Luiz
Fernando, que atua como coordenador de Cirurgia Dermatológica do Hospital das
Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC/UFG), professor de Dermatologia
da Faculdade de Medicina da UFG (FM/UFG) e é mestre em Dermatologia pela
Universidade de São Paulo (USP).
Como todo equipamento, o dermatoscópio também
evoluiu com o tempo. Ludmilla relatou que, no começo dos anos 2000, surgiram os
dermatoscópios com câmeras digitais. Isso permitiu que os dermatologistas
passassem a registrar as lesões e, assim, ter arquivos para acompanhar o
desenvolvimento delas.
Junto a isso, também se tornou mais comum o
mapeamento corporal. “É um exame minucioso, que demora mais de uma hora.
Examinamos o paciente todo. Deixamos ele apenas com as roupas íntimas e
fotografamos todo o corpo. Em seguida, enumeramos pinta por pinta,
principalmente aquelas suspeitas (de câncer de pele)”, explicou a médica, que
também participa do corpo clínico do Centro Brasileiro de Radioterapia,
Oncologia e Mastologia (Cebrom).
Outros usos
O dermatoscópio não é utilizado apenas para o
diagnóstico de câncer de pele. O dermatologista Luiz Fernando lembrou que ele
pode ser usado antes de transplantes capilares, para analisar a área doadora,
por exemplo.
O aparelho também é bastante utilizado no
tratamento do câncer, no momento inicial da cirurgia para retirar a lesão.
Os médicos ressaltaram a necessidade de realizar o
mapeamento corporal, ao menos, uma vez por ano. “Tenha o hábito de incluir
o exame de pele no seu check-up anual. Saiba ainda que o acompanhamento da pele
e os procedimentos estéticos devem ser feitos com quem entende de pele”,
aconselhou Luiz Fernando.
A live completa pode ser acessada no Instagram da
SBD-GO: https://www.instagram.com/p/CQeqn_UB5vO/