SBD-GO
NOTÍCIA
31
Dec
A estação, tão aguardada por muitos, é o momento ideal para o surgimento de várias doenças que podem estragar as férias
No próximo dia 21 de dezembro, mais precisamente às 14h11, começa oficialmente o verão no hemisfério sul. Essa é uma estação marcada pelas altas temperaturas, dias mais longos que as noites e mudanças rápidas nas condições diárias do tempo. Isso leva à ocorrência de chuvas de curta duração e forte intensidade, principalmente no período da tarde. O verão começa em dezembro e vai até o fim de março.
Esta tão esperada estação do ano acontece nos meses de férias e por isso combina tão bem com praias, clubes e até mesmo com atividades de campo. O momento é propício para o lazer de muitos que aproveitam o fim e o início do ano para relaxar.
Mas é justamente no verão que costumam surgir alguns tipos de doenças, principalmente as da pele. Entre as mais comuns destacam-se as micoses, bicho geográfico, insolação e brotoeja. Mesmo em tempos de festa é necessário precaução e cuidado redobrado para que o descanso não se torne um tormento e faça as férias terminarem mais cedo.
Saiba mais sobre as principais doenças da pele no verão
Micose: Esta doença é causada por fungos que atingem a pele, as unhas e até mesmo o couro cabeludo. A proliferação dos fungos se dá quando não seca-se bem o corpo ou também pela baixa imunidade do organismo. Para prevenir é bom secar bem o corpo, evitar pisar descalço na areia, ter cuidado ao entrar em banheiras e piscinas e não usar roupa molhada por muito tempo. De acordo com a dermatologista Karina Pesquero, que é presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional Goiás (SBD-GO), o tratamento é realizado com pomadas ou com medicação via oral. “É bom ressaltar que a micose só desaparece quando o tratamento é feito corretamente. Em boa parte dos casos é recomendado pomadas antifúngicas, porém, quando não se obtém sucesso apenas com a solução tópica, recomendamos o uso de medicamentos via oral”.
Bicho Geográfico: Esta doença está ligada às más condições de higiene de alguns ambientes. Sentar na areia sem proteção, entrar em águas lamacentas ou até mesmo no mar que não proporcione condições mínimas para banho são alguns exemplos de como ser vítima do bicho geográfico. Este parasita é oriundo das fezes de cães e gatos e os sintomas podem ser observados pela própria pessoa infectada. Inicialmente o portador do bicho geográfico sente uma coceira relatada como insuportável e após isso começam a aparecer caminhos avermelhados sob a pele semelhante às linhas de um mapa. Os locais de maior incidência são nas mãos, pés, bumbum e pernas e o tratamento é feito de acordo com cada caso – que vai do uso de pomadas até medicação por via oral.
Insolação: Como o próprio nome sugere, a insolação é causada pela exposição excessiva ao sol. Os sintomas são fortes dores de cabeça, desidratação, queimaduras na pele e falta de ar. Além disso, a temperatura corporal de quem tem insolação aumenta rapidamente, podendo atingir os 41º. Karina ressalta a importância da hidratação para todas as pessoas que vão se expor ao sol e adverte para que os pais cuidem dos filhos nesta época de intenso calor. “A insolação não é brincadeira, por isso é muito importante não ficar exposto horas e horas ao sol, sempre usar protetor solar com fator de proteção adequado, beber muito líquido e para quem tem filhos, jamais os deixar brincar por muito tempo em locais sem proteção solar. Caso a pessoa tenha insolação o recomendado é levá-la imediatamente ao pronto socorro mais próximo”.
Brotoeja: Esta inflamação é causada principalmente em tempos de alta temperatura. Nesta época o organismo produz mais suor para o resfriamento do corpo e muitas vezes os ductos das glândulas sudoríparas ficam obstruídos impedindo sua saída. Em geral as lesões são encontradas no tronco, pescoço, axilas e nas dobras da pele em forma de bolhas. Os principais sintomas são coceira e queimação. O tratamento é indicado de acordo com o caso. Inicialmente é bom que haja um resfriamento da pele para evitar a sudorese. Em casos mais graves é exigido o acompanhamento médico e o uso de medicamentos como corticoides e antibióticos.