SBD-GO
NOTÍCIA
03
Jun
A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), com apoio de seu
Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias, divulgou uma nota de
esclarecimento para a população sobre a varíola do macaco. Para a SBD, é
importante reforçar junto às pessoas a necessidade de cuidados e de respeito às
medidas de vigilância sanitária.
No
documento, a SBD esclarece que a varíola do macaco é uma infecção viral
considerada zoonose, pois é transmitida, em geral, por contato com animais
provenientes de florestas africanas, tais como roedores e macacos.
Os
especialistas ressaltam que essa doença tem semelhança no quadro clínico com a
varíola humana, já erradicada. Sobre as formas de contaminação, a SBD esclarece
que as vias principais são as mordidas de animal ou a manipulação de espécimes
já infectados. Há relatos de surtos com transmissão entre humanos, o que,
segundo a Sociedade, envolve a necessidade de contato próximo, em geral, de
formas direta (com fluidos corporais) ou indireta (com pertences de doente). No
entanto, ambos de baixa infectividade.
A
SBD chama a atenção para alguns fatos que estão sendo investigados. O primeiro
deles é de que, em alguns países, os pacientes não tinham estado no continente
africano e negavam contato com animais doentes, mas, haviam tido passagem por
áreas com aglomeração ou favoráveis ao contato direto de pessoas. Também foi
registrado predomínio de casos envolvendo homens que fazem sexo com homens.
Isto levantou dúvida sobre a possibilidade de contágio ter ocorrido por via
sexual.
Conforme
esclarece o documento da SBD, a manifestação clínica dessa doença ocorre
através de lesões de pele. Inicialmente, surgem pequenas bolinhas que
rapidamente se transformam em bolhas com pus. Ao romperem, elas formam crostas
que caem permanecendo como pequenas feridas. Há registros de outros sinais,
como febre, mal-estar, ínguas (gânglios aumentados), dor de cabeça e dor no
corpo.
De acordo com a nota, os sintomas podem surgir entre seis e 14
dias, podendo levar até 21 dias. Raramente, complicações ocorrem, mas,
infecções bacterianas secundárias e o acometimento cerebral (encefalite) devem
ser observadas.
O documento também propõe algumas medidas de prevenção. Entre
eles a veiculação de alertas sonoros nos aeroportos para que os viajantes sejam
conscientizados sobre a doença. Além disso, foi também recomendado às
autoridades sanitárias brasileiras uma ação contínua para controle de eventuais
casos suspeitos para que haja investigação e vigilância epidemiológica dos
contatos e afastamento das pessoas até a recuperação (em geral até 3 semanas).
“Por
se tratar de doença com manifestação cutânea, a SBD, por meio de seu
Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias, está atenta à evolução
desse problema de saúde pública com objetivo de manter profissionais da saúde e
população adequadamente orientados e evitar situações de pânico”, declarou o
coordenador do Departamento, Egon Daxbacher. (Fonte:SBD)
Acesse e confira a nota completa: