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NOTÍCIA
28
Aug
Alopecia é o nome dado a um grupo de doenças que provoca a queda de cabelo. Existem várias formas de alopecia, cada uma com suas próprias características e causas, e a perda dos fios pode ocorrer em áreas específicas do couro cabeludo ou em todo o corpo.
A mais comum é a alopecia androgenética, também conhecida como calvície de padrão masculino ou feminino. Outras formas incluem a alopecia areata (queda de cabelo em áreas arredondadas) e a alopecia universalis (perda completa de cabelo no corpo). Há também o eflúvio telógeno (uma queda difusa de cabelos sem formação de placas de falha ou afinamento dos fios).
Não há uma estatística de quantos brasileiros são afetados pelos diferentes tipos da doença, que atinge milhões de pessoas em todo o mundo, dentre elas a cantora Maiara, da dupla com Maraísa. Recentemente, ela divulgou que está em tratamento da alopecia androgenética. Gêmea de Maiara, Maraísa já tinha sido diagnosticada com alopecia androgenética em 2021.
As causas da alopecia e do eflúvio telógeno são variadas e incluem o estresse, traumas, o uso de medicamentos, reação hormonal pós-parto, doenças no couro cabeludo, hipotireoidismo e hipertireoidismo, o uso de produtos químicos inadequados e outras situações. Recentemente, muitos pacientes têm relatado a queda acentuada de cabelos pós-covid.
Sintomas
Os sintomas variam dependendo do tipo e da gravidade da condição e podem ter um impacto significativo na autoestima e na qualidade de vida de homens e mulheres. A médica dermatologista Lorena Dourado, tesoureira da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional Goiás (SBD-GO), explica que, muitas vezes, a alopecia começa com uma queda gradual do cabelo ou a formação de manchas calvas.
“Em casos mais avançados da alopecia areata, por exemplo, pode ocorrer uma perda completa de cabelo no couro cabeludo e/ou em outras partes do corpo. O impacto psicológico da alopecia não deve ser subestimado, já que pode levar a constrangimento, baixa autoestima e ansiedade social”, alerta a médica especialista em dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e com formação em Tricologia (ciência que estuda o cabelo) pela Faculdade de Medicina do ABC e pela USP.
Diagnóstico
Para o diagnóstico da alopecia, os dermatologistas contam com recursos, como o exame físico; exames como o tricograma, que avalia as raízes dos cabelos e determina a porcentagem de fios em processo de queda e de fios afinados; e a dermatoscopia manual e digital, essa última faz uma contagem computadorizada dos tipos de fios presentes em determinada área do couro cabeludo.
Exames laboratoriais que excluem ou evidenciam deficiências vitamínicas, anemias e outras doenças que podem causar a queda de cabelo, e até biópsias também podem ser indicados. “O mais importante é procurar o seu dermatologista ao perceber que seus cabelos estão caindo ou passando por alterações de volume ou afinamento, para que ele faça sua avaliação e inicie, se necessário, seu tratamento de maneira precoce. Dessa forma poderemos, na maioria dos casos, evitar a progressão da calvície, mantendo seus cabelos saudáveis por mais tempo”, orienta a médica.
Tratamento
Embora não haja uma cura definitiva para a alopecia, existem diversas opções de tratamento disponíveis para ajudar a minimizar a queda de cabelo e estimular o crescimento capilar. O médico dermatologista é o profissional indicado para identificar as condições clínicas do paciente e prescrever o melhor tratamento para cada caso.
Esses tratamentos podem incluir o uso de medicamentos, como o conhecido Minoxidil; terapias a laser; cirurgia de transplante capilar para casos mais avançados e quando a pessoa possui uma área doadora satisfatória (cabelos da região posterior da cabeça); tratamentos tópicos com produtos que podem promover o crescimento capilar ou retardar a queda, e outros. Muitos pacientes também podem precisar de acompanhamento psicológico para lidar com o impacto emocional da condição.
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